Morre em Castelo de Vide o Dr. Francisco Xavier de Gomide, natural desta vila, pai do ilustre José Xavier Mousinho da Silveira. Era casado com Domingas da Conceição Mousinho da Silveira.

O Bispo da Diocese visita Castelo de Vide e as obras em curso da imponente Igreja Matriz da Vila, a Igreja de Santa Maria da Devesa. Anima o Vigário e os beneficiados a prosseguirem como até então. Louva o Beneficiado António Vicente Colaço pela "sua inteligência e exacção de contas", e o Vigário, Padre Francisco Nunes da Silva, pela sua abnegação e desinteresse, sacrificando os seus próprios cabedais.

Natural de Castelo de Vide, de que tomou o nome de religioso franciscano, Frei Rafael de Castelo de Vide morre nesta data em São Tomé, onde durante vários anos foi bispo e governador, múnus em que a sua empenhada acção foi relevante.

É distinguido com o Grau de Cavaleiro Professo da Ordem de São Bento de Avis o viticastrense António Tavares Maggessi, então Capitão do Regimento de Infantaria de Castelo de Vide.

A Espanha, aliada à França, declara guerra a Portugal. Castelo de Vide é de novo alvo, como Marvão, Portalegre, etc., das investidas dos espanhóis. É uma campanha infeliz para os portugueses, apesar de curta, e se assinalou com a perda de Olivença.

A praça de Castelo de Vide é tomada pelo exército espanhol aliado de Napoleão. A ocupação durou até 24 de Novembro desse ano.
Já na véspera da capitulação o Governador de Portalegre, Mateus de Pina Pereira Mourão, entregara também a cidade.

Celebra-se nesta data o tratado de paz com a Espanha e a França em que perdemos Olivença. Castelo de Vide que estava em poder dos espanhóis só foi evacuada em Novembro.

O distinto político, José Xavier Mousinho da Silveira, natural de Castelo de Vide, é nesta data bacharelado em leis na Universidade de Coimbra. No ano seguinte realiza-se o acto de formatura com a classificação de “nemine discrepante”, a 10 de Junho.

Castelo de Vide é retomado aos espanhóis pelas tropas portuguesas. A ocupação da praça durava desde 2 de Junho desse mesmo ano.

É nomeado Major graduado da Guarda Real da Polícia o castelovidense Francisco de Paula Maggessi, que viria a fundar o ramo brasileiro desta família.

É promovido a Sargento-mor o capitão do Regimento de Infantaria de Castelo de Vide, Francisco de Paula Maggessi, natural desta vila.

É nomeado prior da Igreja de São Tiago Maior de Castelo de Vide, o Padre José Justino Ribeiro Correia.

Na eleição do Juiz Vedor dos panos de Castelo de Vide em que se propunha, com parecer favorável do corregedor da comarca e indicação do Infante Regente, um mestre de Portalegre, os artífices aprovam, mas com a cláusula de ele vir morar na Vila.

Atinge o posto de Alferes no Regimento de Infantaria de Castelo de Vide, onde se alistara em 1793, Tomás Marcelino Maggessi, natural desta vila, filho de Tomás Maggessi e irmão de Francisco de Paula e António Tavares Maggessi.

Estreia-se Mousinho da Silveira, que se formara havia pouco como advogado, defendendo uma causa de sua própria mãe por motivo de um aforamento da célebre Herdade da Silveira.

Nasce em Castelo de Vide Frei José Godinho Juzarte de Sequeira Sameiro, filho de Manuel Dionísio Carrilho de Sequeira e de Joana Catarina da Costa Juzarte, o irmão mais novo do Dr. Sequeira Sameiro, instituidor da Fundação Nossa Senhora da Esperança.

São inquiridas testemunhas, principalmente pessoas de Castelo de Vide, que abonem José Xavier Mousinho da Silveira no processo para a sua admissão à leitura do Desembargo do Paço, como candidato à magistratura judicial. É aprovado.

Por provisão do Príncipe Regente D. João é autorizado o Padre Vicente Xavier Magro Roxo, Vigário de Santa Maria da Devesa, Matriz de Castelo de Vide, a fazer doação de 6000 cruzados à Confraria do Santíssimo Sacramento erecta naquela Matriz, com a obrigação de com os seus juros "se paramentar a Capela pública de São Vicente, extramuros da referida Vila, e se mandar ali dizer missa aos Domingos, e dias Santos, para comodidade de todos os quinteiros que residissem nos arrabaldes ...".

O Juiz de Fora de Castelo de Vide apresenta à Câmara as instruções sobre o cultivo da batata, desconhecido na vila. Tomam o encargo da experiência: Joaquim Vicente Mouzinho Topete, Manuel de Barros Castelo Branco e Manuel Dionísio Carrilho de Sequeira.

É promovido a Major efectivo de Infantaria da Guarda Real da Polícia Francisco de Paula Maggessi, de Castelo de Vide, cujo pai, de origem italiana, se fixara em Portugal e ainda hoje tem familiares na região, descendentes estes de seu irmão António.