Mousinho da Silveira, ministro do Regente D. Pedro na Ilha Terceira, publica o decreto sobre o caso da Ilha do Corvo (Açores). Modifica a condição de vida da população perante o donatário da vila Pedro José Caupers, melhorando os encargos que a esmagavam.

São desta data os três célebres decretos (n.os 22, 23 e 24) de Mousinho da Silveira, esse ilustre castelovidense que então era Ministro da Regência de D. Pedro nos Açores, que modificam inteiramente a vida do País. Reformam a administração, a fazenda e a justiça.

Mousinho da Silveira, em plena regência de D. Pedro, e ainda na Ilha Terceira, leva à assinatura do Imperador o decreto nº 17 da série prodigiosamente elaborada, abolindo todos os conventos e colegiadas do Arquipélago dos Açores.

Mouzinho da Silveira, ministro da Fazenda da Regência de D. Pedro na Ilha Terceira, decreta o desaparecimento das moedas de bronze em curso nos Açores, substituindo-as por outras. Mais tarde o mesmo se faz no continente.

Publica Mousinho da Silveira, então ministro de D. Pedro, na Ilha Terceira, um dos seus últimos decretos, dos Açores, e que tratava da forma do juramento dos magistrados.

Sai o primeiro número da Crónica Constitucional do Porto, onde vem o primeiro decreto de Mousinho da Silveira publicado no Porto, onde acabava de chegar com o Imperador D. Pedro, após o desembarque no Mindelo a 8.

Mousinho da Silveira, pelo seu decreto desta data, extingue completamente os dízimos que pagavam os proprietários, os lavradores e quaisquer outras pessoas, dos frutos da terra e das árvores, das pastagens, montados e cortes de madeira, dos animais e dos despojo de animais, e de todas as produções.

Faz o notável castelovidense Mousinho da Silveira, então no Porto com D. Pedro do Brasil, uma desassombrada e enérgica exposição ao Regente acerca do estado caótico daquela cidade, da má direcção da campanha e da pouco boa situação das finanças.

Mousinho da Silveira, no seu decreto desta data, define o que se deve entender por Bens da Nação. Revoga as doações, feitas pelos reis, dos bens da Coroa, bem como os direitos reais. Acaba com os forais, foros, pensões, cotas, rações e laudémios. Extingue os prazos, reguengos, senhorios, alcaidarias-mores, etc. É um dos decretos que mais modificam a vida da nação.

Atinge o posto de tenente o Alferes do Regimento de Infantaria nº 8 de Castelo de Vide, António Maurício Afonso de Sequeira, natural desta vila, filho do Desembargador João Pedro Afonso Videira e de sua primeira mulher, Maria Genoveva de Sequeira, ambos também desta vila.

José Xavier Mousinho da Silveira, prodigioso legislador e economista, que deu valor à acção militar dos liberais na implantação do Liberalismo em Portugal, filho bem ilustre de Castelo de Vide, pede a sua demissão de ministro do Regente D. Pedro, então ainda no Porto, e é substituído interinamente na pasta da Justiça por Joaquim António de Magalhães e na da Fazenda por José da Silva Carvalho.

É posta a prémio a cabeça de José Xavier Mousinho da Silveira. Deixara o Ministério de que fazia parte no Porto e embarcara na fragata “Rainha de Portugal", em cruzeiro com a esquadra liberal, na embocadura do rio Tejo, a fim de procurar meios que aliviassem a aflitiva vida dos sitiados na capital do Norte.

Mousinho da Silveira, depois de uma obra prodigiosa de reforma legislativa, durante o período da sua estada na Ilha Terceira  e no Porto, deixa o ministério, ao que parece por intrigas e desinteligências entre os chefes, de que fazia parte.

Nesta data escreve Bernardo de Sá Nogueira, depois Marquês de Sá da Bandeira, a Mousinho da Silveira, que estava em Vigo, tratando de prover a Esquadra Liberal e de arranjar meios pecuniários e de abastecimento para o Porto, dando-lhe conta, em segredo, de que pensava tomar Vila Nova de Gaia.

Por decreto firmado no Porto, é reconduzido ao seu lugar de Director Geral das Alfândegas do Reino, de que estava afastado desde 1828, José Xavier Mousinho da Silveira.

A Câmara de Castelo de Vide resolve anular o imposto de dois réis no vinho e nas carnes verdes, aplicado às obras da Igreja de Santa Maria da Devesa, alegando para tal, o Procurador do Povo, ter chegado a referida Igreja à sua quase conclusão, assim como os quartéis.

Mousinho recebe de João Maria Torres carta de Lisboa, ainda em poder de D. Miguel, dando notícias da péssima impressão causada nos liberais da Capital e do regozijo dos miguelistas pela sua saída do ministério com Palmela e Mousinho de Albuquerque.

É desta data uma interessante carta de Mousinho da Silveira, onde dá a traços acentuados a personalidade do célebre Sartórius da esquadra liberal, a que chega a chamar filibusteiro.

É aclamada em Castelo de Vide a rainha D. Maria II depois da vitória das armas liberais, de que resultou ser nomeado governador militar da praça o castelovidense Mateus José Roxo da Fonseca que fizera de Marvão um baluarte do liberalismo.

Chegam a Castelo de Vide, às 4 horas da tarde, 18 soldados de Cavalaria por causa da aclamação de D. Maria II que os liberais haviam conseguido fazer na véspera. Esses soldados pertenciam à guerrilha de D. Manuel Martinini que os comandava em pessoa.