Foi colocado como Prior da Freguesia de São João Baptista, de Castelo de Vide, o Reverendo Padre Severino Dinis Porto, natural de Nisa. Ocupava como encomendado aquela paróquia desde 7 de Dezembro de 1896.
Na Herdade do Pereiro, Marvão, nasce Jaime Martins Barata. Artista plástico, com uma importante e extensa carreira. Era filho de José Pedro Barata e de Antónia de Jesus Martins, família afectivamente muito ligada a Castelo de Vide e a Póvoa e Meadas.
Professor de música no Asilo de Nossa Senhora da Esperança, e vivendo havia anos em Castelo de Vide, faleceu neste dia, com 59 anos de idade, em sua casa na Rua Miguel Ferreira o cidadão espanhol D. Vicente Marçal Boy, casado com Manuela Vivas.
Funda-se em Castelo de Vide o "Sindicato Agrícola", interessante e prestimosa colectividade. Teve de começo uma fase de certa prosperidade, caindo completamente depois.
Criada a Comarca de Castelo de Vide no dia 4 de Novembro último, que ficou com a classificação de 3ª classe, instala-se nesse dia entre grandes festejos. Esta circunscrição judiciária, com julgado de primeira instância, abrangia os concelhos de Castelo de Vide e Marvão.
Filho do Dr. João Luís de Carvalho Cordeiro e de Orminda Augusta de Almeida Durão Cordeiro, nasceu em Portalegre, na Rua do Mártir, Freguesia de São Lourenço, Alexandre Óscar Durão de Carvalho Cordeiro, neto paterno de João Luís dos Santos Cordeiro e de Teodora do Carmo Carvalho e Sequeira, e materno de Pedro Manuel Durão e de Isabel Cândida de Almeida Durão.
O Conselheiro Alfredo Carlos Le Cocq, de Castelo de Vide, comendador das Ordens de Nª Sra. da Conceição de Vila Viçosa, de Portugal, e de Leopoldo, da Bélgica, é nomeado Director Geral da Agricultura, cargo que deixou a seu pedido em 1910.
Na bonita e antiga Igreja de Nossa Senhora da Luz, em Castelo de Vide, disse a primeira missa o Padre Manuel Brás da Rosa. Foi acolitado pelo Rev.º Padre Joaquim António Rolo, pároco da freguesia.
Assinalando o começo do século XX, realizaram-se em Castelo de Vide solenes festejos que se iniciaram às 0 horas deste dia com Missa cantada na Igreja Matriz.
É inaugurado o teatro de Castelo de Vide mais tarde denominado Mouzinho da Silveira. Depois de uma sessão solene, representou-se a comédia em três actos “As rédeas do governo", imitação de L. Rebello da Silva.
Inaugurado um miradouro na Quinta da Serra, de Francisco de Faria Videira. Reuniu muitas famílias numa divertida e bem humorada festa. Inaugurou um miradouro acastelado no alto da quinta, que intitulou de “castelo”.
Pelo vereador António José Repenicado, em sessão da Câmara Municipal, desta data, é apresentado um requerimento pedindo autorização para vedar a viela da Volta dos Quartéis a qual viela era "imunda e retiro de indecência", segundo no dito requerimento se dizia.
Na Igreja de Santa Maria foi celebrada, como habitualmente, a missa do galo. Neste ano, porém, com o facto extraordinário para Castelo de Vide de ser celebrada "Missa de Pontifical", dado que estava na vila D. Mateus, bispo de Cochim, que presidiu.
Na Sociedade Artística Popular, em Castelo de Vide, foi inaugurado em sessão solene o retrato do Dr. José António Serrano. Presidiu ao acto o Dr. José Frederico Laranjo, que para o efeito expressamente se deslocou a Castelo de Vide, e fez o elogio do Dr. Serrano, seu íntimo amigo.
O Dr. José António Serrano, médico e cientista castelovidense, é eleito vice-presidente da Sociedade Artística Popular, associação que nesta sua terra se fundara em 10 de Junho de 1883.
Toca pela primeira vez em público a Tuna "Alexandre de Carvalho", de Castelo de Vide, há muito extinta.
Iniciou se o leilão dos objectos existentes no chamado “lazareto”, no sítio da Mem Soares, edifício onde permaneciam de quarentena, por via da peste, os passageiros dos comboios vindos de Espanha, cuidado este que então já não era necessário.
Deu-se a celebrada reunião dos accionistas do teatro, concluído em 1900, denominado Mousinho da Silveira. Foi um mundo de malquerenças essa reunião, e por razões vistas hoje à luz fria do raciocínio, absolutamente de "lana-caprina".
A polícia local maltrata um homem desta vila de Castelo de Vide, de nome Martinho Domingos Ginja, de tal modo que o povo se irritou a ponto de, no dia seguinte, dar um assalto ao posto policial com arrombamento de portas, vidros partidos, etc.. A arruaça obrigou a chamar força militar para a vila no dia 6.
Chega a Castelo de Vide uma força de Infantaria nº 22, do Comando do Tenente Cruz, composta de 26 praças, um 2º sargento, um 1º e um 2º cabos e de um oficial, por motivo de grave conflito havido com a polícia, por o povo se ter amotinado e assaltado na véspera a esquadra com desforço por maus tratos infligidos a um tal Martinho Domingos desta vila. Tudo se apaziguou.