Realiza o Dr. José António Serrano, nosso ilustre conterrâneo e alto valor da Medicina Portuguesa, a operação da histerotomia abdominal. Foi a primeira vez que se praticou em Portugal.

Começaram a correr neste dia as fontes públicas da vila nos sítios do Montorinho, e no Largo de Santa Maria. Este “Largo de Santa Maria” assim designado na acta da Câmara Municipal de 30 de Dezembro de 1889 é o que hoje se denomina Capitão Salgueiro Maia.

Castelo de Vide recebe festivamente a notícia da criação da Comarca. No dia seguinte realizaram-se várias cerimónias religiosas e cívicas por tal motivo.

Sob a presidência de João Severiano Carrilho Belo, Vice-Presidente da Câmara Municipal, reúne em sessão ordinária, a Edilidade, em fim de mandato que, segundo as palavras do seu Vice-Presidente, "termina de maneira bem oposta à forma auspiciosa com que se iniciara".

Nasce Francisco Maria Beliz. Licenciado em Direito em 1926, publicou sob o pseudónimo de Fernão da Vide "O Pensamento Integralista", em 1939,  "Fumo do Lar", assinado pelo próprio e, em 1950, "Temas de Moral Corporativa", com o pseudónimo Telo da Vide.

Nasce em Castelo de Vide, António Vicente Raposo Repenicado. Distinguindo-se no estudo da história local, publicou valiosos trabalhos na imprensa regional, de que ficaram algumas separatas. Dirigiu os periódicos  “O Povo” e “Folha do Leste".

O ilustre castelovidense Alfredo Carlos Le Cocq, que veio a ser Director Geral da Agricultura de 1900 a 1910 e muitos serviços prestou à Lavoura nacional, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

É demolida a Porta da Aramenha, que durante cento e muitos anos fora a principal entrada da vila. Situava-se aproximadamente onde hoje se acha o Hotel Sol e Serra.

O apreciado poeta e escritor teatral Gervásio Lobato visita Castelo de Vide e deixa no livro de honra do Asilo de Cegos de Nossa Senhora da Esperança palavras de comovida homenagem a tão grande obra de beneficência.

Foi nomeado Secretário Bibliotecário da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa o ilustre viticastrense Dr. José António Serrano, anatomista notável, cuja obra é ainda hoje de alto valor.

Em Castelo de Vide, de onde era natural, morre João Pedro Afonso Videira Júnior, filho do Desembargador João Pedro Afonso Videira e de sua primeira mulher, Maria Genoveva Cândida de Sequeira. Foi casado com Maria José de Faria de Almeida Freixedas.

Na aldeia das Carreiras nasce Francisco Velez Tavares, que viria a radicar-se e a constituir família em Castelo de Vide.

São desta data os Estatutos que regeram o Asilo do Espírito Santo, para órfãos pobres e infância desvalida em Castelo de Vide, instituído por disposição testamentária de Maria José da Rosa e Almeida e de seu marido José de Almeida Sarzedas.

Por alvará desta data, passado pelo Governo Civil do Distrito de Portalegre, são aprovados os Estatutos do Asilo do Espírito Santo, de Castelo de Vide. Era governador civil do distrito o bacharel António Xavier Perestrelo Corte Real e secretário geral João Augusto Velez Tavares.

Realizou-se o casamento do Dr. João Luís de Carvalho Cordeiro, filho de João Luís dos Santos Cordeiro e de Teodora do Carmo Carvalho, com Orminda Augusta d'Almeida Durão, filha de Pedro Manuel Durão e de Isabel Cândida de Almeida Durão.

D. Mateus de Oliveira Xavier, por Portaria desta data, é nomeado Missionário do Real Padroado da Índia.

Transladam-se para o cemitério de Castelo de Vide, por motivo da demolição da arruinada Igreja do Espírito Santo desta vila, os restos mortais do Dr. Manuel Carrilho de Matos, natural de Castelo de Vide, Abade do Castelo de Neiva, instituidor de uma colegiada na referida igreja, falecido em 30 de Agosto de 1706, e naquela mesma igreja sepultado.

Toma posse a primeira direcção do “Asilo do Espírito Santo", de Castelo de Vide, por nomeação de José Pedro Barata, encarregado por testamento de Maria José da Rosa e Almeida de dar realização à sua vontade, e de seu falecido marido José de Almeida Sarzedas, de se instituir um asilo para a infância desvalida nesta vila.

Entrada das primeiras quinze crianças para o Asilo do Espírito Santo, para a infância desvalida, fundado em Castelo de Vide por vontade dos beneméritos José de Almeida Sarzedas e sua mulher Maria José da Rosa e Almeida.

Realiza-se em Castelo de Vide a inauguração solene do Asilo do Espírito Santo, para a Infância Desvalida, instituído por José de Almeida Sarzedas e sua mulher, Maria José da Rosa e Almeida. A inauguração fez-se com 15 crianças, no edifício da Santa Casa da Misericórdia desta vila, na Rua de Santo Amaro, onde se manteve até à conclusão do prédio próprio.