Transfere-se o Asilo para Cegos de Nossa Senhora da Esperança, desta vila, das antigas casas da Misericórdia, na Rua de Santo Amaro, para o edifício reconstruído do Convento de São Francisco.

É extinta a importante colegiada do Espírito Santo da vila de Castelo de Vide. Fora fundada no ano de 1705 pelo Dr. Manuel Carrilho de Matos, de Castelo de Vide, com seis beneficiados e um tesoureiro.

Por acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, é confirmada a sentença favorável ao Asilo de Nossa Senhora da Esperança, no célebre pleito intentado pelos herdeiros do instituidor, Dr. João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro. Houve recurso de revista, e o caso não estava liquidado. Ainda se arrastou por largo tempo.

O viticastrense Francisco de Paula Santa Clara, presidente da Câmara Municipal de Elvas escreve ao Governador Civil um ofício, interessante pela sua frontalidade e inteireza de carácter, que vale a pena ler.

Por escritura lavrada nesta data, ficou a Congregação do Sagrado Coração de Jesus de Castelo de Vide com o encargo de eleger, entre os seus membros, a Direcção do Asilo de Nossa Senhora da Esperança, após a morte do seu primeiro administrador.

A Mesa da Confraria do Santíssimo Sacramento da paroquial Igreja de São Tiago Maior, da vila de Castelo de Vide, resolve, por proposta do mandante Vicente José Bastos, mandar dizer uma missa nos dias santificados, logo depois do sol nascido, e que fosse dado ao capelão 48.160 reis.

Por acórdão do Supremo Tribunal de Justiça é anulada a decisão da Relação de Lisboa (27 de Junho de 1868) que confirmava a sentença favorável ao Asilo de Nª Sª da Esperança, de Castelo de Vide, no pleito com os  herdeiros do benemérito instituidor de Sequeira Sameiro, fundamentado na chamada lei das desamortizações publicada depois da instituição do asilo e aprovação dos seus estatutos.

Foi colocada sobre o seu pedestal, de mármore de Estremoz, a estátua do rei D. Pedro V que Castelo de Vide erguia na praça, que tomou o seu nome, em memória da visita do saudoso monarca. Dirigiu os trabalhos o engenheiro Luís Vítor Le Cocq.

Realizaram-se em Castelo de Vide missas de sufrágio por alma do inditoso monarca D. Pedro V tão precocemente falecido e quem a Nação chorou sinceramente.

Morre em Castelo de Vide na sua casa do Arco da Barreira, conhecida pela casa das "Domingas" ou das "Mousinhas", D. Isabel Mousinho da Silveira, a mais velha das duas irmãs sobreviventes do grande José Xavier Mousinho da Silveira o homem a quem a causa liberal mais ficou devendo.

O Asilo de Nossa Senhora da Esperança vence o célebre pleito que trazia com os herdeiros do seu instituidor, João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro, desde 1867, motivado pela chamada Lei de Desamortização, de 22 de Junho de 1866.

Os cegos do Asilo de Nossa Senhora da Esperança, que na véspera vencera o pleito posto pelos herdeiros do instituidor, João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro, de grave perigo para aquela notável instituição, vão no meio do regozijo do povo pagar o voto de uma missa cantada na Ermida de Nossa Senhora da Vitória.

Publica a "Gazeta do Povo" um interessante artigo sobre a vitória alcançada pelo Asilo de Nossa Senhora da Esperança, de Castelo de Vide, na celebrada questão posta pelos herdeiros do instituidor, João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro.

Frei José Godinho Juzarte de Sequeira Sameiro, administrador, nomeado por seu irmão João Diogo, para o Asilo de Nossa Senhora da Esperança, que instituira em Castelo de Vide, dá procuração ao seu feitor João Diogo Coelho para tratar da venda dos bens imóveis do Asilo, para regularização de cláusulas testamentárias do fundador.

Frei José Godinho Juzarte de Sequeira Sameiro, administrador, nomeado por seu irmão João Diogo, para o Asilo de Nossa Senhora da Esperança, que instituira em Castelo de Vide, dá procuração ao seu feitor João Diogo Coelho para tratar da venda dos bens imóveis do Asilo, para regularização de cláusulas testamentárias do fundador.

Compra Carlos José Caldeira, por 33 contos de réis, os bens do património, legado ao Asilo “Nossa Senhora da Esperança” pelo instituidor Dr. Sequeira Sameiro e que seu irmão fr. José Godinho, já próximo da morte, vendia em globo para cumprimento da lei.

Morre em Castelo de Vide Frei José Godinho de Juzarte de Sequeira Sameiro, irmão do fundador do "Asilo para Cegos de Nossa Senhora da Esperança" e administrador da instituição. Com a sua morte passou o Asilo a estabelecimento público de beneficência.

Foi sepultado Fr. José Godinho Jusarte de Sequeira Sameiro, zeloso administrador do Asilo de Nossa Senhora da Esperança instituído por seu falecido irmão João Diogo, junto do qual pedira para ser enterrado. Fez o elogio fúnebre Carlos José Caldeira.

É desta data a primeira acta da 1ª Direcção do Asilo de Nossa Senhora da Esperança, eleita pela Confraria do Sagrado Coração de Jesus, de entre os seus membros, após a morte de Frei José Godinho, seu administrador nomeado pelo instituidor Dr. Sequeira Sameiro.

Inaugura-se em Castelo de Vide o Grémio de Ilustração Popular. Discursou o Dr. José Frederico Laranjo: a associação de que vos falo tem por fim concorrer simultaneamente para a ilustração dos que a formam e para a ilustração do povo.