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7/8/1865

Morre em Castelo de Vide o grande benemérito João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro, natural de Castelo de Vide, instituidor do Asilo de Cegos (1863) e a que, por testamento, desse mesmo ano do seu falecimento, legara todos os seus bens.


Pertencente a uma família nobre João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro, nasceu a 23 de Outubro de 1792 em Castelo de Vide. Era filho de Manuel Dionísio Carrilho de Sequeira e de Joana Catarina da Costa Juzarte e teve dezassete irmãos.

Por morte do filho primogénito, Manuel Pedro de Sequeira, que não sobreviveu ao pai, entrou o filho segundo, João Diogo, na posse da casa, que era vinculada e uma das melhores do concelho.

Destinando-se à magistratura e depois da sua formatura em Direito na Universidade de Coimbra, fez no “Desembargo do Paço” a exigida leitura, a “Leitura de Bacharéis”. Até cerca de 1834, exerceu o cargo de Juiz de Fora na vila do Crato. Porém não foi por muito tempo pois começava a sentir que a visão lhe faltava.

Passou então a dedicar-se exclusivamente à administração dos seus bens. Já com idade de 50 anos casou com sua sobrinha, Helena Cardoso de Barros, em 1842, de cujo matrimónio não ficou descendência pois os filhos morreram à nascença ou de tenra idade.

A sua formação cristã, a cegueira de que se viu atingido e a falta de descendência, levaram o Dr. João Diogo, com sua mulher, a dedicar-se à protecção dos cegos, estabelecendo inicialmente um asilo particular que em 20 de Julho de 1863 se inaugurou, dia em que um ano antes falecera sua mulher.


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