Datada de Lisboa, envia D. João IV uma carta a D. Nuno de Mascarenhas, Mestre de Campo em Castelo de Vide e Comandante dos Terços da Praça, louvando-o pelo brilhante sucesso de 15 de Agosto na defesa de Montalvão. Nela recomenda a conveniência de se conservar em Montalvão até ver a atitude do inimigo, e defender aquela vila com trincheiras e algumas armas, para que ordenava que o Governador das Armas do Alentejo a socorresse com as armas que pudesse.

Também se refere a alguns excessos do povo de Castelo de Vide e de "pessoas particulares que os fomentavam" contra D. Nuno de Mascarenhas, caso que mandava averiguar, pelo corregedor da Comarca, para proceder contra eles, "como fosse de justiça".

Não sabemos quais os motivos desses excessos e demasias contra D. Nuno de Mascarenhas, que tão esforçado foi sempre na defesa da Praça, herdada de seu pai, D. João de Mascarenhas, o célebre herói de Diu, que fora Alcaide-Mor de Castelo de Vide.