Dava o governador de Elvas, Inácio António de Paiva Raposo, notícia ao conde de Basto, ministro de D. Miguel, de alguma efervescência política nas populações das vilas do Alentejo incitadas pelos emigrados portugueses e pelos espanhóis da fronteira adeptos das ideias liberais. Servia-se destes termos: "... Se o governador de Marvão aponta Castelo de Vide e Portalegre, eu avanço aumentando-lhe Beja, Montemor-o-Novo, Arronches e Redondo, de que em todas estas terras é péssimo o estado de espírito".

De facto em Castelo de Vide sempre houve elementos desafectos a El-Rei D. Miguel até se realizar a convenção de Évora Monte em 1834. Não devemos esquecer que Marvão se entregou muito antes aos liberais, a 12 de Dezembro de 1833, representados pela pequena guerrilha denominada "Legião Patriótica do Alentejo", composta por emigrados políticos. Castelo de Vide bateu-se bem contra os liberais de Marvão onde estava o castelovidense Roxo da Fonseca com alguns fugitivos daqui.