Nasce em Castelo de Vide freguesia de São Tiago Maior, na Rua da Costa n.º 11, João António Gordo, filho de António Marcelino Gordo e Maria dos Remédios Beliz.

Autodidacta, tendo feito apenas a instrução primária foi durante toda a sua vida um estudioso incansável, com grande inclinação para as letras. Começando por ser correspondente de vários jornais da capital viria depois a dedicar-se à história da sua terra, publicando: “Bosquejo Histórico da Notável Vila de Castelo de Vide"; “os Le Cocq em Portugal"; “Regresso aos Municípios"; “Terra Alta – Antologia de Castelo de Vide”; “Figuras Gradas do Nosso Burgo"; “No Alto Alentejo: crónicas e narrativas"; “Confederação Nacional dos Municípios”, tese apresentada ao Congresso Municipalista em 10 de Junho de 1922. Deixou ainda colaboração sua em diversos órgãos da Imprensa Regional como em: “No Alto Alentejo"; “Folha do Leste"; “O Povo"; “O Castelovidense"; “Terra Alta"; “A Rabeca"; “Brados do Alentejo"; e o “Linhas de Elvas" bem como nas publicações “Panorama" e “Almanaque Alentejano". João António Gordo bem cedo começou a sua vida de trabalho como empregado na Farmácia Freixedas em Castelo de Vide.

Mais tarde passou a trabalhar na Alfândega da Beirã como despachante de aduaneira, após o que se dedicou em Castelo de Vide a administração dos seus bens, entre os quais o lagar de azeite. Foi significativa a sua intervenção na vida local, ocupando várias vezes os cargos de Presidente da Câmara e de vereador e participando na administração das diversas instituições de beneficência, entre as quais, as de provedor da Santa Casa da Misericórdia. Em 6 de Junho de 1914 casou com Ana Rita Pelouro Repenicado, tendo tido 2 filhos: Maria Benedita Gordo, que foi casada com João Alberto Tavares Manso, e António Marcelino Gordo. Faleceu em Castelo de Vide a 11 de Dezembro de 1965.