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4/6/1924

No cartório de José Joaquim da Silva Júnior, em Castelo de Vide, celebrou-se o contrato de arrendamento do edifício do Asilo Almeida Sarzedas à Empresa das Águas de Castelo de Vide, para o converter em hotel, que viria a denominar-se Hotel das Águas.


No cartório do notário José Joaquim da Silva Júnior, na Carreira de Baixo (hoje Rua de Olivença), em Castelo de Vide, celebrou-se a escritura do contrato de arrendamento do edifício do Asilo Almeida Sarzedas à Empresa das Águas Alcalinas e Medicinais de Castelo de Vide (empresa recém criada, por escritura de 23 de Janeiro desse ano) para o converter em hotel, que viria a denominar-se Hotel das Águas.

Tratava-se do esplêndido edifício que fora construído nos fins do século XIX, destinado ao Asilo do Espírito Santo para a Infância Desvalida, instituição esta a que depois de 1911 foi dada a denominação com o nome do seu instituidor, Almeida Sarzedas.

Lutando naquela época com enormes dificuldades financeiras, o Asilo resolvera arrendar o referido prédio à recém-criada Empresa das Águas (suas deliberações de 9 de Março e 8 de Junho de 1924), transferindo-se para o edifício anexo, onde funcionava o seu Albergue dos Inválidos do Trabalho, e aí concentrando, além da sede, toda a sua actividade.

Outorgaram a referida escritura de arrendamento, por parte do Asilo Almeida Sarzedas, a sua direcção, Mateus da Cruz Maniés, casado, comerciante, Júlio Augusto Transmontano, solteiro, empregado público, e Eduardo de Alegria Ramos Gasalho, casado, farmacêutico, respectivamente presidente, secretário e tesoureiro, e por parte da Empresa das Águas, com sede em Lisboa, Américo Lopes de Oliveira, casado, comerciante e residente na Rua do Alecrim 73, em Lisboa, na qualidade de presidente e administrador delegado do conselho de administração da Empresa, e como terceiro outorgante, Manuel Marcos Canário, casado, professor oficial de instrução primária, como bastante procurador de Jacinto Fialho de Oliveira, casado, oficial do exército, residente em Lisboa, na Avenida Almirante Reis, 131, vogal do conselho de administração da Empresa.

O arrendamento que tinha tido início em 1 de Maio desse mesmo ano, compreendia, além do edifício "cerca com jardim, forno de cozer pão, uma pequena casa térrea, tanque e água canalizada", bem como uma pena de água, do caudal de que o Asilo dispunha, etc., tudo com o valor venal de 60.000$00, e era celebrado pelo prazo de dezanove anos, com a renda mensal de 750$00.

O Hotel das Águas, embora não tendo vida longa, viria a desempenhar função importante na vida de Castelo de Vide e a gozar de grande prestígio.


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