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27/5/1927

Foi dia importante esta sexta-feira em Castelo de Vide. Inaugurou-se festivamente a rede eléctrica da vila e a iluminação pública. Poucos melhoramentos terão causado tanto e tão positivo impacto na população.


Desde 1920 que os Executivos camarários se vinham já ocupando com a promoção deste importante progresso para Castelo de Vide. Presidiam agora aos destinos do Concelho, em Comissão Administrativa, Albano Rebelo Nunes Ferreira, presidente, e os vogais Alfredo Victor Le Cocq e António José Repenicado.

A jovem empresa, a Hidroeléctrica do Alto Alentejo, a partir da Central da Póvoa, passou a fornecer a energia, executando para o efeito os respectivos trabalhos com grande empenhamento e competência. À Casa Nogueira foi adjudicada a instalação da rede e o fornecimento de diversos materiais, como contadores, etc.

Como consultor para todos assuntos técnicos relacionados com a rede eléctrica no Concelho, a Câmara Municipal nomeou o Eng.º Alfredo Azevedo, encarregando-o de organizar os respectivos serviços.

Foram imponentes e por muito tempo lembrados os festejos desta inauguração, acorrendo a Castelo de Vide muitos forasteiros.

Depois da alvorada, e ao longo do dia houve cerimónias religiosas e civis, cumprimentos ao Senhor Bispo de Portalegre e ao Governador Civil do Distrito, sendo oferecido um copo-d'água, falando o Prelado da Diocese e o Governador. O Dr. Possidónio Mateus Laranjo Coelho dissertou sobre a história da vila, proferindo o presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal um discurso de congratulação e agradecimento.

A vila estava vistosamente ornamentada. Os concertos dados pelas bandas de música, as iluminações especiais para esta festa, e os fogos de artifício, tudo concorreu para ser aquele um solene e jubiloso dia em Castelo de Vide. A Banda da Marinha, que veio participar nos festejos, e que tinha sido calorosamente recebida pelas duas bandas de música locais e grande número de pessoas, foi muito apreciada.

Os mais necessitados não foram esquecidos, realizando-se, bem à maneira daquele tempo, um "bodo aos pobres".


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