10/8/1805Em Castelo de Vide o Juiz de Fora, a Câmara e o Povo, representam ao Desembargo do Paço, no sentido de neste dia do ano em que se realizava a feira anual da Vila, a feira de S. Lourenço, houvesse “para gados e fazendas, uma feira franca”.
Pelo grau de prosperidade em que se encontrava a industria de lanifícios em Castelo de Vide nesta data, o Juiz de Fora, a Câmara e o Povo, representaram ao Desembargo do Paço no sentido de neste dia do ano em que se realizava a feira anual da vila, conhecida por Feira de São Lourenço, houvesse “para gados e fazendas, uma feira franca”.
E assim se fez.
Existiu outrora no termo de Castelo de Vide, uma capela dedicada a São Lourenço, no Sítio dos Regedouros, e de que muito pouco se sabe. Segundo refere António Vicente Raposo Repenicado, é mencionada em documentos do último quartel do séc. XVI, não se sabendo quando terá desaparecido. Existem ainda vestígios junto aos canchos de S. Lourenço.
São Lourenço dá o nome à feira que desde o séc. XVIII se realiza neste dia na Vila, hoje tão decaída por falta de incremento e modernização. São Lourenço, espanhol, ocupava em Roma, nos meados do Séc. III o cargo de arcediago, ou seja, o primeiro dos diáconos, cargo de grande responsabilidade naquele tempo, o mais importante logo abaixo do Papa.
No dia 6 de Agosto de 258 o Papa Sexto II, com quatro dos seus diáconos, era morto quando celebrava os sagrados ritos. São Lourenço é representado a conversar com ele, nos últimos momentos do martírio do Pontífice. Quatro dias depois chegava a vez de São Lourenço. Foi posto em cima duma grelha de ferro e morto pelo fogo. O seu símbolo é uma grelha.
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