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1/1/1901

Assinalando o começo do século XX, realizaram-se em Castelo de Vide solenes festejos que se iniciaram às 0 horas deste dia com Missa cantada na Igreja Matriz.


A igreja profusamente iluminada e engalanada encontrava-se repleta de povo com todas as entidades da vila, vendo-se no coro as duas bandas e fanfarra dos cegos que cantaram a missa. Anteriormente, às 11 horas, havia sido cantado um solene Te Deum com a participação dos mesmos agrupamentos musicais. A aurora do novo século foi igualmente saudada às 0 horas com o toque dos sinos de todas as igrejas e capelas. A missa terminou com a bênção do Santíssimo, saindo todas as entidades e povo ouvindo-se então o toque que voltou a ouvir-se ao romper do sol. Depois do meio-dia um cortejo que se dirigiu até à capelinha de Nossa Senhora da Penha, que abria com as órfãs do Asilo do Espírito Santo com o seu pendão e a que se seguia um presbítero com a vara de Reitor de uma das Confrarias, bem como representantes das restantes. Viam-se logo em seguida as corporações e todas as autoridades locais; as cruzes das paróquias e o clero, levando o digno arcipreste a respectiva vara. Após as filarmónicas ia uma multidão considerável de fiéis. Junto da Capela e do Cruzeiro onde se juntou todo o povo que coube naquele pequeno recinto celebrou-se a cerimónia religiosa, após o que foi benzido o Cruzeiro, usando da palavra o Revº Padre Severino Dinis Porto.

Depois de cantada a ladaínha de Nossa Senhora o cortejo regressou à Matriz. Na Senhora da Penha via-se gente por todo o lado nas imediações da capela, que pôde assistir, antes do cortejo regressar, a uma curiosa actuação de um grupo de camponeses dos arredores da Quinta dos Pombais, que cantou o hino da cruz. A iniciativa ficou a dever-se a António das Dores Grincho, regente da filarmónica "Artística Popular", que ao tempo estava naquela Quinta, do Sr. Joaquim Manso, em mudança de ares e que em poucos dias ensaiou com muito êxito aquele hino.

Neste mesmo dia foi inaugurado o novo Teatro, facto que pela sua relevância, é motivo de efeméride própria.


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