O Dr. José Domingos Ruivo Godinho, filho de Joaquim Carrilho Faustino e de Joana Ruivo Godinho, nasceu em 7 de Setembro de 1838 em Póvoa e Meadas.

Frequentou o liceu de Portalegre e formou-se bacharel em direito, na Universidade de Coimbra, no ano de 1863, indo de imediato praticar para Portalegre, com o hábil advogado José da Cunha e Silva, que era também Reitor do Liceu e nele professor de Geografia e História, Retórica e Literatura.

É depois nomeado professor do Liceu Nacional de Castelo Branco, que passou a ser a sua ocupação profissional.

Tomou a peito a defesa dos lavradores de Póvoa e Meadas - seu pai era um deles - na questão levantada em 1866, contra o Duque de Loulé, donatário de grande parte daquelas terras.

Esta sua luta e a daqueles lavradores, e a do seu próprio pai, levaram-nos à prisão. Os que haviam incendiado algumas daquelas terras, como represália à acção violenta do Duque, que os expulsara e lhes partira os arados, vieram a ser, com o Dr. José Godinho e seu pai, criminalmente absolvidos em Castelo de Vide, mas o Duque ganhou a parte civil. 

Sobre esta questão, o Dr. José Ruivo Godinho escreveu, enquanto esteve na prisão, um opúsculo intitulado "A Questão de Póvoa e Meadas", publicado em 1866, numa edição da Imprensa da Universidade de Coimbra. 

Com apenas 56 anos incompletos, faleceu em Maio de 1895.

Diogo Salema Cordeiro

Nota: Ver também o livro de Jorge Rosa abaixo indicado e o seu texto em http://povoameadas.com.sapo.pt/principal.htm, "História", "Gente da nossa terra".