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8/4/1950

Em Lisboa, para onde partira a fim de se submeter a uma intervenção cirúrgica, faleceu neste dia Aurélio d´Assunção. Foi casado com Maria Tomásia Correia, deixando dois filhos, Alberto Maria d´Assunção e Jaime d´Assunção.


Tinha 83 anos e gozava de geral estima em Castelo de Vide. Inteligentíssimo e muito trabalhador, de carácter forte e austero, aqui teve diversos negócios, a que com determinação e espírito de iniciativa se aplicava.

Muito novo ainda, começou a aprender a profissão de sapateiro, mas não era este o caminho que satisfizesse nem a sua vocação nem o seu ânimo empreendedor. Partiu assim para outras actividades e para uma luta a que nunca renunciou.

Foi quem exerceu pela primeira vez em Castelo de Vide o serviço de transporte motorizado de passageiros, que começou, curiosamente, por ser feito com uma motocicleta com “side-car”: Aurélio d´Assunção conduzia a mota, levando os seus passageiros no “side-car”.

Seguiram-se-lhe depois os automóveis de aluguer e, para o transporte de cargas, as camionetas. A recolha das suas viaturas e o local das actividades acessórias, pelo menos nos últimos tempos, fazia-se no sítio da Conceição, num armazém que tinha sido oficina-escola do Asilo dos Cegos.

Na Carreira de Cima, onde é hoje o nº 23 teve inicialmente a sede dos negócios, onde tinha um café, com a sua residência no 1º andar, e, logo em frente, a bomba da gasolina, que foi uma das primeiras em Castelo de Vide. Chegaram no entanto, em certa altura, a existir na vila, simultaneamente com ela, mais duas, a de António das Dores Massena e a de João de Alegria Vidal.

Mas o negócio das gasolinas começara antes, com o armazém situado na primeira das duas grandes curvas da estrada de quem entra em Castelo de Vide, curva que durante muitos anos – e para alguns talvez ainda hoje – era conhecida pela "curva da Shell". Para esse armazém, a "Casa do Aurélio" como, em tempos que já vão ficando longe, também lhe chamavam, vinha aquele combustível em bidões, e daí era fornecido aos clientes, por vezes entregue em casa.

De sua iniciativa foi também a Pastelaria Aline – nome da sua neta – no local onde presentemente outra se situa também, a Pastelaria Sintra do Alentejo, mas que não é sequência daquela.

Foi movimentada e por vezes atribulada a vida de Aurélio d´Assunção, mas ainda lhe sobrou ânimo para, na última fase da sua vida, construir, por volta de 1942/1944, a pensão denominada Cantinho Particular, hoje ainda em actividade, na Rua Miguel Bombarda, em Castelo de Vide.

Foi casado com Maria Tomásia Correia, deixando dois filhos, Alberto Maria d´Assunção, que foi casado com Josefa Tapadinhas e Jaime d´Assunção, que casou com Aline Antónia Samarra, e três netos: Alberto Tapadinhas d´Assunção, Aline Tapadinhas d´Assunção e Maria Dulce d´Assunção Carreiras.


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