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29/9/1873

Inaugura-se a estátua a D. Pedro V no Rossio da vila, com brilhantes festejos com profusas decorações. Em frente da estátua um pavilhão para a assinatura do auto, e três coretos laterais para as três bandas de música.

Inaugura-se a estátua a El-Rei D. Pedro V no Rossio da vila. Houve brilhantes festejos que com grande antecedência vinham sendo preparados.

A iniciativa desta homenagem, uma estátua a D. Pedro V, partira, logo que chegou a Castelo de vide a infausta nova da morte de tão estimado monarca, do ilustre médico, então residente nesta vila, Dr. João António dos Santos e Silva.

Para levarem a cabo esta iniciativa, houve diversas comissões, que sofreram várias vicissitudes, só se vindo a realizar este acto nesta data.

No Rossio, hoje a Praça D. Pedro V, “descrevera-se um rectângulo com postes iguais e equidistantes, sobrepujados por bandeiras de variadas cores e sustentando a meia altura escudos d’armas e escudetes tendo em campo azul as letras D.P.V. na parte superior e no ponto de convergência de muitas grinaldas de buxo, afixaram-se grandes letras para serem seguidas com lanternas, e que reproduziram em caracteres de luz a dedicatória seguinte - A D. Pedro V homenagem de Castelo de Vide. Sobrelevavam em altura aos outros os postes limitantes das duas entradas da praça e os que, d’um e do outro lado, estavam em correspondência com a Estátua; pendiam-lhes do topo formosos galhardetes sustendo a meio os primeiros a divisa - Rei, Pátria e Liberdade, e os segundos grandes escudos com as armas reais portuguesas. Construiu-se em frente da Estátua um pavilhão para a assinatura do auto, e ergueram-se dois coretos laterais e um posterior destinados às três bandas de música. Decoraram-se com bandeiras e damascos as janelas dos edifícios da praça.” (In “Elogio Histórico de D. Pedro Quinto”, de J. F. Laranjo).

Houve um imponente cortejo que dos Paços do Concelho se dirigiu ao Rossio da vila.

O recinto encontrava-se cheio de povo. Entrando na praça o representante de Sua Magestade El-Rei D.Luiz I, D. Luiz de Mascarenhas acompanhado do Conde d’Avilez, Mouzinho Leote, Major José Jacinto de Sousa e Silva e Tenente Coronel Thiago Santa-Clara, as bandas tocaram o hino de El-Rei D.Luiz.

O representante de El-Rei e o Conde d’Avillez, a quem foram dados os respectivos cordões, descerraram a Estátua, as bandas tocaram então o hino de D. Pedro V, a tropa apresentou armas, lançaram-se foguetes e o povo emocionado saudou com aclamações o monarca. Seguiu-se uma série de discursos com que terminaram as cerimónias.

À noite todo o recinto e as casas da praça encontravam-se esplendidamente iluminados.


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